terça-feira, 21 de agosto de 2012

ÁGUA VIVA JUBA DE LEÃO


                                                                                      Foto: Getty ImagesMuitos animais chamam a atenção pelo aspecto monstruoso, pelos enormes dentes, por serem muito diferentes. Alguns realmente parecem sair (ou pelo menos poderiam inspirar) de um filme de terror. Contudo, nenhum deles se compara em tamanho ao maior "monstro" do planeta

Os tentáculos da água-viva juba de leão (Cyanea capillata) podem alcançar 30 m, tão longos quanto uma baleia azul, e são cobertos com perigosas toxinas que podem paralisar a vítima e ainda causar paradas cardíacas em pequenos seres - como comprovado em testes com ratos de laboratório. Com largura que pode chegar a 2,5 m, ele tem tudo para ser o astro de um lançamento da indústria de horror.



Um estudo do Instituto de Pesquisa Marinha, em Bergen, na Noruega, e da Universidade de Gothenburg, na Suécia, indica que o ctenóforo - que é nativo do oeste do Atlântico - já pode ser encontrado no Mar do Norte e no Báltico.

Esse animal se alimenta de plâncton e devasta suas populações nas regiões invadidas, o que diminui drasticamente a quantidade de peixes que comem o plâncton. Como qualquer espécie invasora, o Mnemiopsis leidyi parecia não ter predadores, até agora.
                                                                                           Mnemiopsis leidyi
Os tentáculos da água-viva são cobertos com pequenas células com perigosas toxinas que podem paralisar a vítima e que ainda causaram paradas cardíacas em testes em ratos de laboratório. Humanos geralmente têm reações menos intensas, a não ser que sejam alérgicos ou recebam muita toxina. Teoricamente, uma grande quantidade de protetor solar já ajuda a evitar maiores danos.

Mas a grande vantagem está no tamanho dos tentáculos, que conseguem pegar pequenos peixes e até outras águas-vivas de grande porte. Com essa capacidade, o "monstro" acabou se tornando um protetor dos mares ao caçar o ctenóforo invasor. Contudo, o estudo indica que esses animais conseguem escapar 90% das vezes do predador, mas sofrem danos no processo e sucumbem a repetidos ataques.

Mônica P. L.

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